terça-feira, 27 de novembro de 2012

SOLAPAMENTO EM DRENAGEM DE ÁREA DE RISCO DE BAIRRO NOBRE DE SÃO PAULO INSTIGA ASSOCIAÇÃO DE BAIRRO, FUNDAÇÃO E VISINHOS A ESPECULAÇÃO IMOBILIARIA

 
SOLAPAMENTO EM DRENAGEM DE ÁREA DE RISCO DE BAIRRO NOBRE DE SÃO PAULO ESPECULA PROJETO IMOBILIARIO .
 


 
Á AREA É UM TALUDE DE DRENAGEM TÉCNICA QUE NÃO PERMITE OCUPAÇÃO... OPORTUNISTAS TENTAM BURLAR LEI POR CAUSA DE RETORNO FINANCEIRO...
CADE A RESPONSABILIDADE DA GESTÃO MUNICIPAL...
 
 
ESTAMOS DE OLHO....
 
 



OCUPAÇÃO IMOBILIÁRIA
TERRENOS POSSÍVEIS

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A região onde se pretende construir casas para moradia e outros usos deve reunir caracteristicas que propiciem o fácil acesso independente das condições climáticas, topografia e geologia que permitam construir edifícios seguros. Afinal, a Constituição garante a todos o direito de ir e vir, de ter uma vida digna, com moradia decente, morando em rua com acesso a caminhão de gás, a ambulância em rua pavimentada sem risco dos carros ficarem atolados.

Então, o terreno onde vai ser construída a sua casa e a região devem ter certas condições favoráveis à boa vida. Vejamos algumas dessas condições:

INCLINAÇÃO DO TERRENO:

Os terrenos destinados à construção devem ter inclinação tal que seja possível as condições acima de acesso, estabilidade e segurança. Terrenos muito inclinados não permitem um acesso seguro e as casas nele construídas serão inseguras e podem ser surpreendidas por um desbarrancamento ou deslizamento de terra.

Veja o jeitão de um terreno com 10% de inclinação:


TERRENOS QUE SOBEM:
Terrenos que sobem da rua para os fundos dizemos que é um Terreno em Aclive pois precisamos "subir" no terreno. Neste caso a inclinação do terreno passa a ser identificada pela Aclividade.
Aclividade é a inclinação da subida do terreno.
TERRENOS QUE DESCEM:
Terrenos que descem da rua para os fundos dizemos que é um Terreno em Declive pois precisamos "descer" no terreno. Neste caso a inclinação do terreno passa a ser identificada pela Declividade.
Declividade é a inclinação da descida do terreno.
Veja o jeitão de um terreno com 20% de inclinação:


Veja o jeitão de um terreno LIMITE com 30% de inclinação:


Por que Inclinação Limite?
A Lei Federal N0 6.766 de 19 de dezembro de 1979, em seu parágrafo único do artigo 3 não permite o parcelamento do solo em terrenos alagadiços e sujeitos a inundações, em terrenos com declividade igual ou superior a 30% salvo se atendidas exigências específicas, em terrenos onde as condições geológicas não aconselha a edificação.
A Lei Municipal N0 7.805 de 10 de novembro de 1972 não permite que, na cidade de São Paulo, seja feita qualquer tipo de construção em terrenos com inclinação igual ou superior a 30% (trinta por cento).
Sabe por que? É por que terrenos com mais de 30% de inclinação não são geologicamente seguros, são instáveis e podem desbarrancar ou escorregar sem prévio aviso. Veja mais sobre esse fenômeno em
Então, quem constroi em terreno com inclinação maior que 30% está cometendo um crime federal. Não importa se a construção está ou não aprovada pela Prefeitura, isto é, se é regular ou não.
Única excessão é quando o talude recebe obras de contenção, de estabilização, de drenagem e outras capazes de neutralizar as ações de risco do local.
Podemos chamar esses terrenos com alta inclinação de Terrenos Impossíveis. Veja o jeitão dos terrenos impossíveis clicando aqui
Veja dois casos de Talude Íngremes:
Caso I - Caso de Talude Íngreme Impossível:
Você diria que estas casas estão seguras?
Trata-se de casas construídas em talude elevado, cerca de 60% de inclinação.
Você poderia imaginar que estas casas estavam em perigo de desmoronamento?
Pois é. Veja o que aconteceu com uma elas:
e com outra:
Ao todo afundaram 22 casas.
Trata-se de desastre previsível e anunciado. O asfalto da rua que deveria ser liso, estava cheio de trincas aleatórias indicando que havia um processo de movimentação geológica em andamento:
Consegui uma foto anterior ao desastre no Google Street.
Caso II - Caso de Talude Íngreme Possível:
Você diria que estas casas estão seguras?
Trata-se de casas construídas em talude elevado, cerca de 60% de inclinação.
Esta região recebeu uma boa atenção do Poder Público. Tem rede de água, de esgoto, de águas pluviais e tem até piscinão:
Veja o piscinão:
Ué? Você não está enxergando o piscinão?
É que dos 40 piscinões construídos na cidade de São Paulo este é o único que é coberto (coisa chic). Veja uma foto da época de construção:
Para você ver que existe solução decente. Piscinão coberto. Sem mal cheiro, sem poluição visual e melhor, sem ocupar o espaço urbano.
 
fonte :OCUPAÇÃO IMOBILIARIA (ROBERTO WATANABE)

quarta-feira, 21 de novembro de 2012

Rhodia Obtem autorização para incinerar lixo em camaçari...


 
Quase nove anos após ser impedida pela Justiça de transferir para a Bahia parte das milhares de toneladas de resíduos tóxicos armazenados há décadas em terrenos da Baixada Santista, a empresa Rhodia foi novamente autorizada a enviar uma parcela do lixo para ser incinerada em Camaçari, região metropolitana de Salvador (BA).

O material, comprovadamente cancerígeno, é resultante do processo de produção da antiga estatal francesa, hoje pertencente ao grupo Solvay. Durante décadas, o resíduo foi descartado inadequadamente em terrenos baldios de pelo menos três cidades da Baixada Santista, sendo considerado um dos maiores casos de contaminação industrial no Brasil.

Procurados pela Agência Brasil, os órgãos ambientais responsáveis por autorizar a incineração, a Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (Cetesb), de São Paulo, e o Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), da Bahia, garantem que a segurança da queima do lixo industrial foi confirmada por meio de testes realizados com amostras do material enviadas pela Rhodia para a Cetrel Lumina Soluções Ambientais, instalada no Polo Petroquímico de Camaçari e a quem pertence o incinerador.

Segundo a agência da Cetesb em Cubatão, o Certificado de Movimentação de Resíduos de Interesse Ambiental (Cadri), concedido a Rhodia em dezembro de 2011, prevê o transporte e a queima de 760 toneladas anuais de material contaminado para Camaçari. Segundo o gerente da agência, Marcos da Silva Cipriano, os primeiros carregamentos de lixo tóxico já teriam sido encaminhados à Bahia. A Rhodia e a Cetrel Lumina confirmaram a obtenção das autorizações mas, devido ao feriado, não forneceram mais detalhes sobre a operação.
De acordo com os órgãos ambientais, ao menos duas fases de testes foram realizadas a partir de 2008 para confirmar o grau de eficiência do incinerador para destruir os principais compostos presentes nos resíduos sólidos e líquidos provenientes da Rhodia. Além de serem submetidos ao instituto ambiental baiano, os resultados dos testes também foram apresentados ao Ministério Público da Bahia que, segundo Cipriano, aprovou, juntamente com o Ministério Público de São Paulo, o transporte e a queima do material.

“Emitimos o Cadri com base nas aprovações de todo mundo lá da Bahia e, pelo que sei, já houve uma remessa de material. Nossa expectativa agora é que o problema seja resolvido em breve, embora ainda não tenhamos prazos estabelecidos. Vamos cobrar isso da empresa”, disse Cipriano.

O coordenador de licenciamento de indústrias e serviços do Inema, Leonardo Carneiro, confirmou que após os testes de queima, o órgão ambiental baiano atestou à Cetesb que a Cetrel Lumina tem capacidade técnica para incinerar os resíduos e está devidamente licenciada para isso. Não descartou, contudo, eventuais riscos envolvidos na operação. “O incinerador já funciona há muito tempo e, em termos de controle de emissões atmosféricas [de poluentes resultantes da queima], está tecnicamente apto a incinerar este tipo de resíduo. Logicamente, toda atividade licenciada tem um risco, um potencial de impacto, e sempre haverá questionamentos”.

Os testes de queima foram uma exigência do Ministério Público baiano para autorizar a operação. Em 2003, a multinacional já havia obtido o aval dos órgãos ambientais oficiais paulista e baiano para transportar e incinerar parte do material contaminado por compostos organoclorados, como o pó-da-china (pentaclorofenato de sódio) e o hexaclorobenzeno. A Rhodia chegou a enviar para Camaçari 3,6 mil toneladas que estavam armazenadas em um dos cinco terrenos contaminados, no litoral paulista, mas foi impedida de continuar com a operação devido à proibição do juiz Ricardo D’Ávila, da 5ª Vara da Fazenda Pública da Bahia.

Em fevereiro de 2004, o juiz concedeu a liminar pedida pelo então deputado estadual baiano Justiniano Zilton Rocha (PT) que, em uma ação popular, apontava, além dos riscos do transporte, o fato de que “pesquisas feitas pela comunidade internacional e órgãos ambientalistas atestam que, com a tecnologia atual, nenhum incinerador opera com 100% de eficiência, transformando-se em nova fonte de poluição, já que o material contaminado entra no incinerador como sólido e sai como fumaça”. A tese, segundo vários especialistas, é que junto à fumaça seriam emitidas outras substâncias igualmente tóxicas.

Cipriano, da Cetesb, refuta a opinião. “Como técnico, não enxergo outra solução [para eliminar os resíduos] fora a incineração. Se o incinerador está trabalhando adequadamente, na temperatura apropriada e atingiu os objetivos estabelecidos pelos órgãos ambientais com relação às emissões atmosféricas, não há porque negarmos a autorização”, comentou o gerente da agência de Cubatão.

Ao contrário de 2004, quando o lixo tóxico era proveniente de São Vicente, a Rhodia procura se livrar agora do material acumulado em Cubatão, em um terreno onde até 1993, funcionava uma das fábricas que a empresa francesa mantinha no país. Naquele ano, a justiça paulista interditou a unidade por considerar que, diante das denúncias de intoxicação de funcionários da Rhodia e da confirmação de que a empresa havia enterrado parte de seus resíduos no solo da fábrica, não havia condições ambientais para que os trabalhadores permanecessem no local.
Com a decisão, a Rhodia foi obrigada a interromper também a queima dos resíduos em incinerador próprio, montado no interior da unidade, em 1987. De acordo com os funcionários da empresa reunidos na Associação de Combate aos Poluentes (Acpo), o descarte indiscriminado fora da fábrica, realizado por empresas transportadores contratadas pela Rhodia para dar fim ao material tóxico teve início em 1977.

Além dos cinco terrenos contaminados em São Vicente (um dos quais já está recuperado, segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente), foram identificados três em Cubatão – incluindo a fábrica interditada em 1993, e três em Itanhaém, a mais de 80 quilômetros do local onde os resíduos eram gerados. Até hoje a Rhodia é obrigada a manter sob controle o potencial contaminante e a qualidade dos indicadores ambientais nestes locais.

Fonte: Reportagem de Alex Rodrigues, da Agência Brasil, publicada pelo EcoDebate, 21/11/2012
fotos ilustrativas por: Rogério Nogueira

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Pesquisadores da UNESP recebem premio sobre pesquisa de hortifruti


Vira Cabeça!!!

Alimentar 7 Bilhões de pessoas necessita de muita pesquisa.

 Prêmio Top Ciência é considerado um dos mais importantes fóruns internacionais voltados para a agricultura

Desde o dia 11 de novembro, o professor Marcelo Agenor Pavan, docente da Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA), e a pós-graduanda em Horticultura Ana Claudia Macedo, estão na Alemanha realizando viagem técnico-científica a convite da BASF, por terem trabalhos vencedores do prêmio Top Ciência, promovido pela empresa alemã do segmento de produtos químicos.

Os trabalhos desenvolvidos na FCA foram vencedores na categoria Hortifruti. Na Alemanha os pesquisadores premiados irão conhecer as instalações da BASF e participarão de um workshop sobre novas tecnologias para a agricultura mundial. Em seguida eles partem para Israel, onde irão conhecer a agricultura desenvolvida em condições anormais, além das técnicas e recursos utilizados para, mesmo nessas condições, suprir as demandas da sustentabilidade.

O trabalho do professor Pavan, denominado “Efeito da piraclostrobina + metiran na produção e na incidência do vira-cabeça na cultura do tomateiro”, foi realizado em conjunto com a aluna de mestrado do Programa de Pós-graduação em Proteção de Plantas da FCA, Leysimar Ribeiro Pitzr Guimarães.

Vira-cabeça é o nome dado a principal virose que atinge as plantações de tomate. A doença é causada por várias espécies de tospovírus e segundo o professor chega a ocasionar a perda de 75 a 80 por cento da produção. “O que fizemos nesse trabalho foi testar um novo produto que induz a resistência a diversas doenças, mas que não costuma ser usado na prevenção do vira-cabeça. Com isso, reduzimos as perdas para um total de 6 a 7 por cento da produção”.

Com a doença sob controle as vantagens para o produtor são inúmeras. “Há um aumento na produtividade e na área verde, uma melhora na qualidade do produto oferecido ao consumidor e um prolongamento no desenvolvimento vegetativo, o que, consequentemente, traz maiores lucros ao produtor numa época como o verão chuvoso, em que é mais difícil produzir por conta de uma maior incidência da doença”, esclarece o professor.

Também premiado com o TOP Ciência, o trabalho da aluna de doutorado do Programa de Pós-graduação em Horticultura da FCA, Ana Claudia Macedo, é denominado “Efeitos fisiológicos de fungicidas no desenvolvimento de plantas de melão rendilhado, cultivadas em ambiente protegido”.

Orientada pelo professor João Domingos Rodrigues, do Instituto de Biociências da Unesp (IB), Ana Claudia desenvolveu sua pesquisa numa área de plantio de melão rendilhado na Fazenda São Manuel, pertencente à FCA. Ela explica que o uso de fungicidas resultou numa melhor troca gasosa das plantas. “Houve um aumento de algumas enzimas antiestresse e da enzima de assimilação de nitrogênio, isso fez com que obtivéssemos frutos com maior massa e maior ratio, que é a forma como chamamos a doçura do fruto”.

O prêmio

Em sua sétima edição, o prêmio Top Ciência, promovido pela BASF, já figura como um dos mais importantes fóruns internacionais de aprendizado e desenvolvimento técnico e científico na agricultura.

Depois de passar pela Argentina, Colômbia e México, o prêmio Top Ciência encerrou as atividades de 2012 no Brasil, mais especificamente em Campinas, interior do estado de São Paulo. Ao todo foram premiados 23 trabalhos brasileiros nas áreas de oleaginosas, perenes, hortifruti, herbicidas, non crop, cereais e cerais de inverno.

 

Fonte Portal Agrolink