quinta-feira, 28 de abril de 2011

Pipocando Prêmios

As questões relacionadas ao Meio Ambiente também tem suas vaidades...
O resultado do sucesso dos projetos verdes, agora são reconhecidos através de prêmios.
A onda verde pode a ser avassaladora !!! Aonde queremos chegar???
Marketing, cultura ,dedicação ou comprometimento natural com as questões ...
Pensem, reflitam...


O GreenBest é o primeiro prêmio de consumo e iniciativas sustentáveis com abrangência nacional e que elege os vencedores de diversas áreas e setores que investem na sustentabilidade por meio de votação popular e de um júri especializado, batizado de Academia GreenBest, que terá seus votos auditados pela Ernst & Young Terco.
As categorias e os indicados foram determinados pelo Comitê GreenBest, formado por profissionais do Greenvana e consultores de áreas específicas relacionadas à sustentabilidade.
O GreenBest é uma realização do Greenvana, empresa que tem a missão de ser referência de consumo e comportamento sustentável no Brasil.
- objetivo :
- Ressaltar as melhores iniciativas, atuações e os melhores produtos e projetos para, assim, criar exemplos capazes de guiar este mercado da sustentabilidade que vem crescendo e se aprimorando dia a dia.
- A inclusão da votação popular traz uma conscientização e aproxima a população de questões socioambientais, além de fazer com que as empresas recebam um feedback da percepção do mercado e dos consumidores.

O Projeto Ônibus Brasileiro a Hidrogênio coordenado pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo, EMTU/SP, estuda a produção do veículo que colocará o Brasil em destaque mundial em energias renováveis.
Pi

Em 2009, o veículo passou a circular na Região
 Metropolitana de São Paulo. Com emissão zero de poluentes, liberando apenas vapor d’água para a atmosfera, é híbrido, funciona também com baterias recarregáveis com recuperação de energia (como os carros atuais da Fórmula 1). O projeto tem direção do Ministério das Minas e Energia (MME) e conta com recursos do Global Environment Facility (GEF), aplicados por meio do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), da Financiadora de Estudos e Projetos

organização : Livia Fernanda
montagem Rogério Sammy

domingo, 24 de abril de 2011

Sustentabiliadade em torno da Palmeira Juçara...

A palmeira Juçara (Euterpe edulis – Arecaceae) é uma espécie de extrema importância para a biodiversidade da Mata Atlântica. Seus frutos servem de alimento para mais de 70 espécies de animais e aves, sendo considerada espécie chave para a conservação de florestas no Bioma. O alto valor comercial do palmito faz dele um dos produtos florestais mais explorados há séculos,  e para sua obtenção é necessário o corte da palmeira. Devido ao extrativismo predatório e ilegal do palmito, a planta é cortada antes mesmo de se reproduzir, causando um grande impacto na regeneração natural. Hoje, a espécie passa por um momento crítico pela expressiva redução de suas populações naturais e está incluída na lista oficial de espécies ameaçadas de extinção (MMA, 2008).
A escolha da Palmeira Juçara aliada à dispersão de sementes, presença de avifauna e condições específicas (umidade, sombra e calor) para sua ocorrência, promove, junto com ela, a preservação e ampliação de seu habitat natural, a Mata Atlântica. A preservação e recuperação deste bioma asseguram o seu papel ecológico de regulação do fluxo dos mananciais, manutenção da fertilidade do solo, fixação de carbono, proteção das encostas das serras e alta variabilidade genética.
O PROJETO


O Projeto Juçara se fundamenta na divulgação e expansão da utilização dos frutos da palmeira juçara para produção de polpa alimentar e seu uso na culinária; consolidação de sua cadeia produtiva, por meio da difusão do manejo sustentável da juçara para geração de renda, associada a atividades de recuperação da espécie e da Mata Atlântica; e a reconversão produtiva de áreas, contribuindo com a fixação de carbono.
É fruto da construção conjunta com as comunidades rurais e tradicionais onde as instituições atuam, com apoio de parceiros locais, sendo elas foco deste projeto. O projeto tem objetivos de consolidação, recuperação e monitoramento da espécie, utilizando metodologias participativas e articulação em rede que envolve outras instituições em diversos estados brasileiros, além de diversas ações de divulgação e comunicação do projeto e seus resultados.
A metodologia proposta procura estimular a participação das comunidades e agricultores em todas as etapas dos projetos e dos empreendimentos, para que possuam uma visão completa de todas as fases da cadeia produtiva. Procura-se garantir as atividades produtivas e extrativistas tradicionais problematizando as realidades de conservação dos recursos naturais, dos mercados, do planejamento, das formas de organização e de associativismo e da contabilidade das atividades e dos resultados. Procura-se estabelecer uma visão sistêmica dos seus empreendimentos, subdivididos em 3 segmentos: a produção de matérias primas; a transformação dos produtos; e a comercialização.
O Projeto Juçara, proposto pelo IPEMA (Instituto de Permacultura e Ecovilas da Mata Atlântica) em parceria com AKARUI – Associação para Cultura, Cidadania e Meio Ambiente, será realizado nos municípios de Ubatuba, São Luiz do Paraitinga e Natividade da Serra, que integram áreas do Parque Estadual da Serra do Mar (PESM), nos Núcleos Picinguaba e Santa Virgínia.
Na região do Núcleo Picinguaba os participantes são predominantemente comunidades tradicionais (quilombolas e caiçaras). Na área do Núcleo Santa Virginia os participantes são predominantemente proprietários rurais (agricultores familiares, propriedades de veraneio, fazendas produtivas). O conjunto compõe a quase totalidade de situações de relações do Parque com seu entorno.
Para a concretização das ações propostas, além da parceria estreita com as comunidades, tem como parceiros: a Fundação Florestal, através da UC do Parque Estadual Serra do Mar; da Universidade de Taubaté (UNITAU), na pesquisa de fixação de carbono da espécie; das Prefeituras de Ubatuba e São Luiz do Paraitinga, entre outros que de diversas formas contribuem para o sucesso da iniciativa.

Processamento das sementes

As sementes recolhidas após o processo de despolpa são lavadas para a retirada total do bagaço e colocadas para secar lentamente à sombra, sendo classificadas como “comuns” e “matrizes”. As sementes comuns são provenientes de palmeiras regulares, sem características especiais. Já as sementes de matrizes são colhidas em palmeiras que se diferenciam das outras por estarem visualmente livres de doenças, possuírem estipe reta e vigorosa, grande número de cachos, cachos grandes e frutos bem carnosos. Além disso, as matrizes devem se distanciar no mínimo 30 metros de outras matrizes. Seguindo este processo, as sementes são consideradas um importante produto do manejo dos frutos, sendo destinadas ao repovoamento da espécie.


Depois de beneficiadas, elas podem ser colocadas para germinar em sementeiras (caixas contendo matéria orgânica e areia), em saquinhos de mudas ou semeadas diretamente no local definitivo, podendo ser a lanço ou enterradas superficialmente (enterrio).
Devido à facilidade de germinação das sementes, a semeadura a lanço é a técnica mais aconselhada para se fazer o repovoamento para fins Ecológicos em Zonas de Recuperação e trilhas de acesso em Unidades de Conservação e capoeiras, manejadas ou não, proporcionando a oferta de alimentos para a fauna e a conservação do bioma.
Já o enterrio de sementes e o plantio de mudas, de raiz nua ou não, são as técnicas empregadas para fazer o repovoamento para fins Ecológico-Econômicos em áreas de agricultores familiares, comunidades tradicionais e aldeias indígenas. Estas técnicas permitem “escolher” o local onde serão colocadas as palmeiras com o intuito de facilitar a colheita dos frutos e não prejudicar as outras culturas presentes. A inserção da palmeira Juçara em bananais tradicionais e agroflorestas e o consórcio com outras frutíferas como cambuci, bacupari, araçá, cambucá, grumixama, pitanga, pupunha e jambo, são propostas de manejo que se mostram altamente produtivas em comparação com o manejo em capoeiras. Deve-se dar preferência para as sementes de palmeiras matrizes para os plantios ecológico-econômicos, buscando maior produção e qualidade dos produtos.
Assim as sementes representam uma importante ferramenta para o planejamento da propriedade familiar, além de garantir o uso do território e agregar valor à cadeia de produção da polpa da juçara.

Fonte : http://www.projetojucara.org.br/
organizado por: Rogério Nogueira " Sammy"

domingo, 17 de abril de 2011

A Virada Cultural de 2011


A Virada Cultural espalhou atividades por várias regiões de São Paulo que se estendeu durante todo o sábado e até as 19:00 hs de domingo .

Se a proposta era desafiar a população a uma overdose de cultura, o objetivo foi atingido.


O mega evento reuniu, um público de mais de 3 milhões de pessoas que circularam entre os palcos instalados em pontos estratégicos do centro da cidade.

Entre as atrações internacionais, estiveram presentes as bandas norte-americanas Misfits e P.O.D., além de Armando Manzanero, Steel Pulse, Edgar Winter, Straightjackets, Skatalites e Fred Wesley and the New JBs.

A equipe do G.R.U.T.A (Grupo Universitário de Tecnólogos Ambientais) e o Blog HARDWORLD foram conferir a virada cultural e colocaram em destaque o show da banda de reggae Inglesa o STEEL PULSE....


texto e fotos : Rogério Sammy

sábado, 16 de abril de 2011

Chaveiros com animais vivos são a nova mania na China.

Chaveiros com animais vivos são a nova mania na China.


Peixes e pequenas tartarugas seladas em chaveiros de plástico tornaram-se os itens populares mais vendidos nas entradas do metrô e estações de trem em toda a China. Os chaveiros com tartaruguinhas e peixes decorativos são considerados amuletos de boa sorte por muitos chineses, mas grupos de defesa dos animais estão indignados e dizem que isto é um exemplo perfeito do "abuso de animais". Segundo os vendedores, a água colorida dos chaveiros de sete centímetros de comprimento contém nutrientes que permitem que os peixes e tartarugas vivam ali dentro por meses. Ainda que isso seja verdade, esta gente tosca não se deu conta que eles não poderiam sobreviver no saco selado por muito tempo, devido à falta de oxigênio
Enquanto os ativistas dos direitos dos animais estão protestando ruidosamente contra a venda de chaveiros, não há muito que possam fazer, porque a China tem apenas um animal selvagem protegido por lei. Até a mudanças na lei para proteger todos os tipos de animais, ativistas só podem apelar às pessoas para não comprá-los e esperar que o mercado morra devido à falta de clientes.


Embora algumas pessoas comprem esses chaveiros bizarros como símbolo de boa-sorte, há quem os compres apenas para liberar as criaturinhas de sua gaiola de plástico.

Fonte da pesquisa: Google
Monique Serrano – ambientalista.








quarta-feira, 13 de abril de 2011

O futuro da música depende do pau-brasil, uma árvore à beira de extinção.

A VIRADA CULTURAL VEM AI... CHEIA DE METAL E PAULADA AMBIENTAL...


O futuro da música depende do pau-brasil, uma árvore à beira de extinção.




"A ÁRVORE DA MÚSICA"




No site oficial do IBAMA, o pau-brasil é listado como espécie da flora em perigo de extinção. Encontrado apenas na floresta brasileira, o pau-brasil tornou-se vital para o som dos violinos e outros instrumentos de corda desde os tempos de Mozart.

A música de Beethoven, Brahms, Schubert e seus herdeiros musicais não pode ser executada sem o arco moderno, mas os arcos de alta qualidade somente podem ser feitos a partir da madeira de pau-brasil.

A combinação de rigidez, flexibilidade, densidade, beleza e capacidade de manter uma curva fixa são propriedades que fazem do pau-brasil um material de qualidade e som excepcionais para a fabricação de arcos.

Por gerações, a minuciosa arte de confecção de arcos foi passada de mestre para aprendiz e  pode estar chegando ao fim sem as providências necessárias para a preservação da madeira de pau-brasil.

Desde que foi introduzido pela primeira vez há duzentos e cinquenta anos, archetários (luthiers) e músicos de todo o mundo ainda não tiveram conhecimento de uma madeira de qualidade comparável que pudesse substituir o pau-brasil, conhecido no exterior como madeira de pernambuco.

Das matas brasileiras aos maiores teatros da Europa, "Á ARVORE DA MÚSICA" destaca a importância da preservação da natureza através da estreita relação entre natureza e música, num resgate cultural, histórico e ecológico da árvore que deu nome pais.

 O grupo de heavy metal Sepultura e Orquestra Experimental de Repertório com o Maestro Jamil Maluf  estaram juntos nesta Virada Cultural  de 2011 interpretando à arvore da Musica. Desde meados da década de 1700 o pau-brasil tem sido vital para a fabricação de arcos de violinos muitos outros instrumentos de cordas. Ameaçado de extinção, a falta de pau-brasil vai causar um efeito devastador na música.

Inspirado no documentário e livro "A Árvore de Música" por Interface Filmes, o concerto para brasil terá lugar em São Paulo durante a Virada Cultural 2011.

1000 árvores de pau-brasil vão ser plantadas pelo Instituto Brasil Verde, em nome do show.




por: Renata C Nujo

quarta-feira, 6 de abril de 2011

A Importância do tratamento da água para o consumo humano...



Com o objetivo de mostrar as etapas e a importância do tratamento da água para o consumo humano, os alunos do curso de Gestão Ambiental puderam observar, por meio de uma atividade prática, uma água não potável, de aparência turva, resultar em uma água potável, cristalina e pronta para qualquer pessoa beber. A aula foi ministrada pela professora Selma Violato Frazão, no dia 23/3, no laboratório de Ciências, no campus Santana.

A água é tão importante, que os gregos antigos consideravam-na como
sendo um dos elementos fundamentais da matéria. Aristóteles considerava a água como um dos quatro elementos fundamentais. Por mais de 2000 anos ainda pensou-se que a água era um elemento; somente no século XVIII experimentos evidenciaram que a água era um composto formado por hidrogênio e oxigênio, na proporção de 2:1, ou seja, dois átomos de hidrogênio (H) e um de oxigênio (O), formando a molécula de H2O. É uma das substâncias mais abundantes em nosso planeta e pode ser encontrada em três estados físicos: sólido (geleiras), líquido (oceanos e rios), e gasoso (vapor d’água na atmosfera).

 Estados físicos da água
A água é encontrada na natureza nos três estados físicos: sólido, líquido e gasoso. As mudanças de estado devem-se às alterações na quantidade de energia e pressão atmosférica.
Temperatura de ebulição e fusão
O ponto de fusão designa a temperatura à qual uma substância passa do estado sólido ao estado líquido nas condições normais de pressão, coexistindo ambas as fases (sólida e líquida) em equilíbrio e o ponto de ebulição designa a temperatura em que uma substância passa do estado líquido ao estado gasoso.
Águas doces
São assim chamadas as águas terrestres que têm uma salinidade muito baixa.
Sua principal fonte é a chuva, que é água quase pura, pois contém apenas uma pequena quantidade de oxigênio e de dióxido de carbono (CO2) em solução.
Água salgada
Em comparação com a água doce, a água dos mares e oceanos contém grandes quantidades de sais, embora tal salinidade não seja igual em todos eles.. Dentre os elementos dissolvidos na água do mar, há seis que perfazem mais de 99% da massa dos sais: cloro, sódio, enxofre (sob a forma de íon sulfato), magnésio, cálcio e potássio. O cloreto de sódio (NaCl) corresponde a 77% dos sais contidos na água do mar, dando-lhe sabor salgado.

Padrões de Potabilidade
Uma água é dita potável quando é inofensiva a saúde do homem, agradável aos sentidos e adequada aos usos domésticos. Nestes termos, por exemplo, uma água quente, embora possa ser inofensiva a saúde, não pode ser considerada potável, da mesma maneira que uma água com elevado teor de dureza que, nestas condições, irá atrapalhar significativamente o desempenho das tarefas domésticas. É importante para que uma água seja considerada potável, que na fase de tratamento eliminem-se todas as substâncias originalmente presentes que lhe confiram algum gosto ou cheiro peculiar. Paralelamente também não devem resultar alguma turbidez ou cor visuais.
Definem-se como padrões de potabilidade os limites de tolerância das substâncias presentes na água de modo a garantir-lhe as características de água potável. De um modo geral os padrões de potabilidade tornam-se mais rigorosos com o passar dos anos, visto que novas técnicas de tratamento e a evolução das tradicionais, associadas a novas descobertas científicas, principalmente no trato com as doenças transmissíveis através da água ou que têm nela uma parte de seu ciclo, vão permitindo este desenvolvimento. Também é de se esperar que em países mais desenvolvidos, estes padrões sejam mais rigorosos, considerando a maior disponibilidade de recursos e o maior domínio de tecnologias apropriadas.
Em linhas gerais estes padrões são físicos (cor, turbidez, odor e sabor), químicos (presença de substâncias químicas) e bacteriológicos (presença de microrganismos vivos). Normalmente as legislações específicas de cada região ou país, regem-se pelas recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

por: Rogério Nogueira

terça-feira, 5 de abril de 2011

Pré Sal ... Entenda Mais Sobre o Assunto!


1. O que é o pré-sal e onde ele está situado?
É uma porção do subsolo que se encontra sob uma camada de sal situada alguns quilômetros abaixo do leito do mar. Acredita-se que a camada do pré-sal, formada há 150 milhões de anos, possui grandes reservatórios de óleo leve (de melhor qualidade e que produz petróleo mais fino). De acordo com os resultados obtidos através de perfurações de poços, as rochas do pré-sal se estendem por 800 quilômetros do litoral brasileiro, desde Santa Catarina até o Espírito Santo, e chegam a atingir até 200 quilômetros de largura
2. Qual é o potencial de exploração de pré-sal no Brasil?
Estima-se que a camada do pré-sal contenha o equivalente a cerca de 1,6 trilhão de metros cúbicos de gás e óleo. O número supera em mais de cinco vezes as reservas atuais do país. Só no campo de Tupi (porção fluminense da Bacia de Santos), haveria cerca de 10 bilhões de barris de petróleo, o suficiente para elevar as reservas de petróleo e gás da Petrobras em até 60%
3. Quanto representa esse potencial em nível mundial?
Caso a expectativa seja confirmada, o Brasil ficaria entre os seis países que possuem as maiores reservas de petróleo do mundo, atrás somente de Arábia Saudita, Irã, Iraque, Kuwait e Emirados Árabes

4. Como o Brasil vai explorar essa riqueza?
A grande polêmica está justamente na tecnologia que será necessária para a extração. O Brasil ainda não dispõe de recursos necessários para retirar o óleo de camadas tão profundas e terá que alugar ou comprar de outros países. O campo de Tupi, por exemplo, se encontra a 300 quilômetros do litoral, a uma profundidade de 7.000 metros e sob 2.000 metros de sal. É de lá e dos blocos contíguos que o governo espera que vá jorrar 10 bilhões de barris de petróleo

5. Quanto deverá custar o projeto?
Devido à falta de informações sobre os campos, ainda é muito cedo para se ter uma estimativa concreta de custos. No entanto, alguns estudos já dão uma ideia do tamanho do desafio. Uma pesquisa elaborada pelo banco USB Pactual, por exemplo, diz que seriam necessários 600 bilhões de dólares (45% do produto interno bruto brasileiro) para extrair os 50 bilhões de barris estimados para os blocos de exploração de Tupi, Júpiter e Pão de Açúcar (apenas 13% da área do pré-sal). A Petrobras já é mais modesta em suas previsões. Para a companhia, o custo até se aproxima dos 600 bilhões de dólares, mas engloba as seis áreas já licitadas em que é a operadora: Tupi e Iara, Bem-Te-Vi, Carioca e Guará, Parati, Júpiter e Carambá
6. Há alguma garantia que justifique o investimento?
Testes realizados pela Petrobras em maio e junho deste ano mostraram que ainda não estão totalmente superados os desafios tecnológicos para explorar a nova riqueza. A produção no bloco de Tupi ficou abaixo dos 15.000 barris de petróleo que a Petrobras esperava extrair por dia durante o teste de longa duração.

7. Quais são os riscos desse investimento?
Fora o risco de não haver os alardeados bilhões de barris de petróleo no pré-sal, a Petrobras ainda poderá enfrentar outros problemas. Existe a chance de a rocha-reservatório, que armazena o petróleo e os gás em seus poros, não se prestar à produção em larga escala a longo prazo com a tecnologia existente hoje. Como a rocha geradora de petróleo em Tupi possui uma formação heterogênea, talvez também sejam necessárias tecnologias distintas em cada parte do campo. Além disso, há o receio de que a alta concentração de dióxido de carbono presente no petróleo do local possa danificar as instalações.

 8. Onde será usado o dinheiro obtido com a exploração?
Os recursos obtidos pela União com a renda do petróleo serão destinados ao Novo Fundo Social (NFS), que realizará investimentos no Brasil e no exterior com o objetivo de evitar a chamada "doença holandesa", quando o excessivo ingresso de moeda estrangeira gera forte apreciação cambial, enfraquecendo o setor industrial. De acordo com o governo federal, a implantação deste fundo será articulada com uma política industrial voltada as áreas de petróleo e gás natural, criando uma cadeia de fornecedores de bens e serviços nas indústrias de petróleo, refino e petroquímico. Parte das receitas oriundas dos investimentos do fundo irá retornar à União, que aplicará os recursos em programas de combate à pobreza, em inovação científica e tecnológica e em educação.

9. O que acontecerá com os contratos de concessão do local já licitados e assinados?
Embora tenha inicialmente se falado na desapropriação de blocos já licitados na camada do pré-sal, o governo já anunciou que serão garantidos os resultados dos leilões anteriores e honrados os contratos firmados. Porém, não haverá mais concessão de novos blocos à iniciativa privada ou à Petrobrás na área do pré-sal. Ao invés disso, será adotado o regime de partilha de produção, com a criação de uma empresa estatal, mas não operacional, para gerir os contratos de exploração.

 Fontes revista VEJA/ Petrobras e Expetro
Organização : Livia Fernanda  
Formatação : R N Sammy