Por que descontaminar lâmpadas fluorescentes?
Países do Primeiro Mundo incluem as lâmpadas fluorescentes usadas na lista de resíduos nocivos ao meio ambiente, pois essas lâmpadas contêm substâncias químicas que afetam o ser humano, como o Mercúrio, um metal pesado que uma vez ingerido ou inalado, causa efeitos desastrosos ao sistema nervoso.
Ao romper-se, uma lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os.
Se forem lançadas em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d'água, chegando à cadeia alimentar.
No Brasil, muitos usuários dessas lâmpadas, conscientes do fato e já alertados pela norma brasileira NBR 10004 que impõe limites rigorosos à presença de mercúrio nos resíduos sólidos, já estão evitando esse tipo de contaminação do meio ambiente.
A descontaminação das lâmpadas descartadas pode ser feita por uma empresa especializada em tratamento de resíduos mercuriais.
LAMPADAS
Gestão de Resíduos Contaminantes
A Tramppo
empresa brasileira incubada no Cietec
http://www.cietec.org.br/ desenvolveu tecnologia para a prestação de serviços de descontaminação e destinação de lâmpadas fluorescentes baseada no princípio da produção mais limpa – P+L.
O Serviço é sustentável, pois todos os resíduos gerados no processo tornam-se matéria prima, que são destinados para outras cadeias industriais, evitando o envio para aterros.
Tipos de Processos
As tecnologias utilizadas para descontaminação e destinação de lâmpadas com mercúrio, mais usadas em várias partes do mundo, envolvem basicamente duas fases: A primeira é a descaracterização ou esmagamento da lâmpada, e a segunda, a sublimação do mercúrio.
A partir destas duas fases, foram desenvolvidos vários processos, desde a moagem simples e destinação para aterros, até aqueles que fazem a separação de todos os elementos constituintes.
Manejo e Disposição de lâmpadas contendo mercúrio.
Moagem Simples
O processo de moagem simples realiza apenas a quebra das lâmpadas em um ambiente controlado, que pode ser um tambor metálico, utilizando-se um sistema de exaustão para a captação dos resíduos fugitivos existentes nas lâmpadas. A adoção deste tipo de tecnologia enfrenta grande resistência por parte das empresas, pois não faz a retirada do mercúrio e os resíduos gerados no processo são destinados para aterros.
Moagem com tratamento químico
O processo de moagem com tratamento químico não é muito utilizado e enfrenta resistências. Ele consiste na moagem da lâmpada e todo o material resultante é lavado, separando-se vidro e metais. O líquido obtido com a lavagem, contendo o mercúrio e pó de fósforo, é, então, filtrado ou precipitado, separando-se o pó fosfórico. Uma das desvantagens apontadas do processo é o risco que a associação água/mercúrio oferece, exigindo tratamento posterior.
Moagem com tratamento térmico
Este é o processo utilizado em várias partes do mundo e envolve basicamente duas fases: Fragmentação da lâmpada, com separação do pó fosfórico e sublimação do mercúrio, através de aquecimento e resfriamento. Daí o nome “Tratamento Térmico”. Quando executado da forma correta é uma boa opção para descontaminação de lâmpadas fluorescentes.
Tecnologia Tramppo.
Esse processo foi totalmente projetado e desenvolvido pela empresa, permitindo a separação dos componentes da lâmpada: vidro, terminais de alumínio, pó fosfórico e mercúrio. O princípio da separação é tornar todos os componentes disponíveis, para serem reutilizados como matéria-prima em outras cadeias industriais, o que realmente fecha o ciclo da sustentabilidade.
O processo de tratamento inicia-se com a retirada dos terminais de alumínio da lâmpada, para em seguida fazer a limpeza do vidro e retirada do pó fosfórico contendo o mercúrio, através de um sistema de hélices paralelas que criam uma sucção em série, garantindo que todo o pó seja retirado sem deixar resíduos. O pó fosfórico removido é encaminhado para um reator, iniciando-se o processo de separação do mercúrio.
Por: Rogério Tadeu R. Nogueira
Gestor Ambiental
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