sábado, 14 de abril de 2012

Por que descontaminar lâmpadas fluorescentes?


Por que descontaminar lâmpadas fluorescentes?

    Países do Primeiro Mundo incluem as lâmpadas fluorescentes usadas na lista de resíduos nocivos ao meio ambiente, pois essas lâmpadas contêm substâncias químicas que afetam o ser humano, como o Mercúrio, um metal pesado que uma vez ingerido ou inalado, causa efeitos desastrosos ao sistema nervoso.
    Ao romper-se, uma lâmpada fluorescente emite vapores de mercúrio que são absorvidos pelos organismos vivos, contaminando-os.
    Se forem lançadas em aterros, as lâmpadas contaminam o solo e, mais tarde, os cursos d'água, chegando à cadeia alimentar.
    No Brasil, muitos usuários dessas lâmpadas, conscientes do fato e já alertados pela norma brasileira NBR 10004 que impõe limites rigorosos à presença de mercúrio nos resíduos sólidos, já estão evitando esse tipo de contaminação do meio ambiente.
    A descontaminação das lâmpadas descartadas pode ser feita por uma empresa especializada em tratamento de resíduos mercuriais.
LAMPADAS
Gestão de Resíduos Contaminantes

A Tramppo  empresa brasileira incubada no Cietec http://www.cietec.org.br/ desenvolveu tecnologia para a prestação de serviços de descontaminação e destinação de lâmpadas fluorescentes baseada no princípio da produção mais limpa – P+L.
O Serviço é sustentável, pois todos os resíduos gerados no processo tornam-se matéria prima, que são destinados para outras cadeias industriais, evitando o envio para aterros.

Tipos de Processos
As tecnologias utilizadas para descontaminação e destinação de lâmpadas com mercúrio, mais usadas em várias partes do mundo, envolvem basicamente duas fases: A primeira é a descaracterização ou esmagamento da lâmpada, e a segunda, a sublimação do mercúrio.
A partir destas duas fases, foram desenvolvidos vários processos, desde a moagem simples e destinação para aterros, até aqueles que fazem a separação de todos os elementos constituintes.

Manejo e Disposição de lâmpadas contendo mercúrio.
Moagem Simples
O processo de moagem simples realiza apenas a quebra das lâmpadas em um ambiente controlado, que pode ser um tambor metálico, utilizando-se um sistema de exaustão para a captação dos resíduos fugitivos existentes nas lâmpadas. A adoção deste tipo de tecnologia enfrenta grande resistência por parte das empresas, pois não faz a retirada do mercúrio e os resíduos gerados no processo são destinados para aterros.
Moagem com tratamento químico
O processo de moagem com tratamento químico não é muito utilizado e enfrenta resistências. Ele consiste na moagem da lâmpada e todo o material resultante é lavado, separando-se vidro e metais. O líquido obtido com a lavagem, contendo o mercúrio e pó de fósforo, é, então, filtrado ou precipitado, separando-se o pó fosfórico. Uma das  desvantagens apontadas do processo é o risco que a associação água/mercúrio oferece, exigindo tratamento posterior.
Moagem com tratamento térmico
Este é o processo utilizado em várias partes do mundo e envolve basicamente duas fases: Fragmentação da lâmpada, com separação do pó fosfórico e sublimação do mercúrio, através de aquecimento e resfriamento. Daí o nome “Tratamento Térmico”. Quando executado da forma correta é uma boa opção para descontaminação de lâmpadas fluorescentes.
Tecnologia Tramppo.
Esse processo foi totalmente projetado e desenvolvido pela empresa, permitindo a separação dos componentes da lâmpada: vidro, terminais de alumínio, pó fosfórico e mercúrio. O princípio da separação é tornar todos os componentes disponíveis, para serem reutilizados como matéria-prima em outras cadeias industriais, o que realmente fecha o ciclo da sustentabilidade.
O processo de tratamento inicia-se com a retirada dos terminais de alumínio da lâmpada, para em seguida fazer a limpeza do vidro e retirada do pó fosfórico contendo o mercúrio, através de um sistema de hélices paralelas que criam uma sucção em série, garantindo que todo o pó seja retirado sem deixar resíduos. O pó fosfórico removido é encaminhado para um reator, iniciando-se o processo de separação do mercúrio.

Por: Rogério Tadeu R. Nogueira
       Gestor Ambiental

apoio:

Nenhum comentário:

Postar um comentário