ROTEIRO ECO
SIENA
Amazônia/Pará
- Brasil
Por: MONIQUE SERRANO
Viajantes, aventureiros e
exploradores que procuravam riquezas espalhavam mundo afora mitos e fantasias.
De todos, o mito mais persistente parece ter sido sempre o da superabundância e
da resistência da natureza da região Norte: florestas com árvores altíssimas
que penetravam nas nuvens, frutos e flores de cores e sabores indescritíveis,
rios largos a se perderem no horizonte; povoadosde
animais estranhos e abundantes por todo o chão; pássaros cobrindo o céu e
colorindo-o em nuvens de penas e plumas de todo as cores.
A Amazônia fica na América do Sul
e é um continente que compreende a porção meridional da América. Sua extensão é
de17.819.100 km², abrangendo 12% da sua superfície terrestre, porem só tem 6%
da população mundial. Une-se á América Central, ao norte, pelo istmo/canal do
Panamá.
A herança da colonização européia, o brasileiro, e o povo
amazônico, em particular, apresentam traços do índio, o branco e o negro, como
nenhum outro povo no mundo.
Ribeirinhos, índios,
seringueiros, garimpeiros, pescadores, operários, executivos.
A partir da década de 1920, Henry
Ford, o pioneiro da indústria americana de automóveis, empreendeu o cultivo de
seringais na Amazônia criando 1927 a cidade de Fodlândia e posteriormente 1934
Belterra, no oeste do Pará, especialmente para este fim, com técnicas de
cultivo e cuidados especiais, mas a iniciativa não logrou êxito já que a
plantação foi atacada por uma praga nafolhagem conhecida como mal-de-folhas,
causada pelo fungo Microcyclus ulei.
No que tange á fauna e a flora, a
reserva procuraria guardar para o Brasil futuro um testemunho do Brasil do
Descobrimento, considerando-se a descaracterização violenta pela qual vem
passando a nossa reserva natural.
Ali, a reserva mostraria ao Sul
os últimos descampados e cerrados do Brasil Central – para através de uma
transição busca mostrar ao Norte, com toda a exuberância, a Hiléia Amazônica
caracterizada pelas seringueiras, cachoeiras,castanheiras e as gigantescas
sumaumeiras.
TRANSFORDLÂNDIA – ESPECIE SUMAUMA - PA
A nova imagem do índio, trazida
pelos Villas Bôas á nossa sociedade, era a de uma sociedade equilibrada,
estável, erguida sobre sólidos princípios morais e donos de um comportamento
ético que sustentava uma organização tribal harmônica. A esse respeito Claudio
Villas Bôas teria dito, certa feita:
“Se
achamos que nosso objetivo aqui, na nossa rápida passagem pela terra, é
acumular riquezas, então não temos nada a aprender com os índios. Mas se
acreditamos que o ideal é o equilíbrio do homem dentro de sua família, e dentro
de sua comunidade, então, os índios têm lições extraordinárias para nos dar.”
Para muitos, a Internacionalização
da Amazônia, como apropriação e ocupação de território, é apenas uma lenda, um
mito, um fantasma, para as Forças Armadas Brasileiras ela é uma possibilidade.
“Os militares brasileiros hoje
analisam que a situação não é propriamente de perigo, mas que remete, projeta,
um conflito futuro para daqui a 30ou 40anos como inimigo mais provável: os EUA”.
Segundo o amplamente aceito
princípio da soberania nacional, o Estado Brasileiro tem o direito e sobretudo
o dever de governar seu território em nome de seus cidadãos, não
sendojustificável nenhuma intervenção externa; por outro lado, tem sido
reconhecida a importância do uso sustentável do bioma, sendo esta a promessa
dos governantes deste país.
Achamos que a Amazônia precisa
produzir benefícios para todos os seres humanos. Mas, temos que dizer em alto e
bom som que quem cuida da Amazônia é o Brasil. Quem decide o que fazer na
Amazônia é o Brasil.
Viagem realizada em jan/fev 2014
Na companhia de Renato Rosseti – Engenheiro Mecânico e Gestor
Florestal
Viabilizador e amigo de estudo: Sidney Mesquita–
Engenheiro Florestal e Secr. do Meio Ambiente de Trairão - PA.
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