segunda-feira, 5 de agosto de 2013

SOBREVIVER COM CORAGEM EM UM PARAÍSO SITIADO


Paraíso sitiado

O drama dos índios Awá e a resistência de seu povo que tenta impedir a ação criminosa de madeireiros na Reserva Biológica Gurupi, onde o território indígena já perdeu 30% de sua paisagem original.
                                                         Floresta Amazônica no território Maranhense

Sobreviver com coragem
Piraima’a (à esquerda) e seu pai (Pirama’a) mostram marcas feitas por madereiros que invadem a floresta para cortar ilegalmente árvores em terras indígenas. Esse tipo de árvore (Tabebuia) tem alto valor no mercado, mas é também sagrada para os Awá.
 
Considerados um dos últimos povos caçadores e coletores do planeta, os poucos mais de 400 Awá que povoam o que restou da Floresta Amazônica no Maranhão vivem o momento mais decisivo de sua sobrevivência: impedir que grileiros, posseiros e madeireiros destruam o seu mais valioso bem. É das árvores e da mata densa situadas na Reserva Biológica do Gurupi, de onde tiram o seu alimento, a sua certeza de amanhã poderem garantir a continuação de seu povo, de sua gente. Eles não querem nada mais do que a garantia do governo federal de que não terão o seu terrítório devastado pela ganância do homem branco, que avança a passos largos em busca de madeira nobre.

 


Apesar de sua terra já estar demarcada, homologada e registrada com 116.582 hectares pela União, eles enfrentam uma ameaça real de assistir à destruição da floresta da qual são tão dependentes e de onde tiram o sustento de seus filhos. Ainda que a Justiça já tenha determinada a retirada desses 'intrusos' ou não índios, como define a Funai, os Awá temem pela própria sorte, se afirmam em sua coragem e não vacilam quando veem sua resistência em xeque. "Não temos medo. Vamos resistir", dizem em discursos emocionados.


Pesquisa:
Por Monique Serrano - ambientalista.
fonte: arquivo o Globo

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