sexta-feira, 6 de maio de 2011

POLUIÇÃO MARINHA, ATÉ QUANDO???


A revelação dos Impactos ecológicos nos oceanos após desastres causados pelo petróleo e outros tipos de poluição...

Uma das muitas ameaças enfrentadas pela tartaruga-amarela, ou tartaruga-marinha-comum, é a poluição criada pelo homem, mas a dimensão do risco é uma incógnita. Para se obter uma resposta, cientistas mediram substâncias poluentes no sangue de um grupo de machos adultos e rastrearam a migração dos bichos ao longo da costa do Atlântico.

A equipe, chefiada pelo estudante de graduação Jared M. Ragland, do College of Charleston, na Carolina do Sul (EUA), capturou 19 tartarugas-comuns perto de Cabo Canaveral (Flórida) em 2006 e 2007.
Eles mediram e pesaram as espécies, retiraram amostras de sangue e examinaram seus sistemas reprodutivos com biópsias testiculares. Durante dois meses, dez dos animais viajaram na direção norte até Cape May, em New Jersey, enquanto nove ficaram próximos a Cabo Canaveral.
O estudo, publicado na revista "Environmental Toxicology and Chemistry", descobriu que os animais tinham níveis mensuráveis de 67 produtos químicos usados em pesticidas e outros produtos industriais.
As tartarugas que migraram tinham níveis ainda mais altos do que as que permaneceram perto da Flórida, confirmando pesquisas anteriores que haviam encontrado mais poluentes em tartarugas em latitudes setentrionais.
É possível que os peixes e invertebrados consumidos pelas tartarugas nas águas do norte sejam mais poluídos, mas os cientistas apontam que as tartarugas migrantes comem mais e, por isso, consumiriam mais poluentes. Na média, as tartarugas migrantes eram maiores do que as residentes permanentes.
Os animais pareciam saudáveis, segundo os pesquisadores, mas não está claro o que constitui uma boa saúde na tartaruga-comum adulta.

"Estes eram animais reprodutivamente ativos"

Os cientistas estão divididos um ano depois do vazamento de óleo e da explosão na plataforma de prospecção da petrolífera BP (British Petroleum) no golfo do México, que ocorreu em 20 de abril e provocou a morte de 11 pessoas.
Os céticos sobre o "estado de saúde" da região afirmam que os chamados "indicadores naturais" preocupam.
As ocorrências registradas recentemente apontam para danos em corais, mortes de golfinhos e tartarugas cuja causa é desconhecida e surgimento de caranguejos com colorações estranhas.

"É prematuro concluir que as coisas estão boas… Há surpresas vindo. Estamos encontrando bebês golfinhos mortos"
Apesar das anomalias, há o grupo de cientistas que acredita que o golfo está voltando à normalidade após o acidente que jogou aproximadamente 4 milhões de barris de óleo.

"Quando consideramos todo o golfo do México, penso que a restauração natural do local está perto do que era antes do vazamento"
O especialista veterano em vazamentos da Universidade Estadual da Lousiana, Ed Overton, também está entre os grupos que acreditam que o vazamento não provocou tantos prejuízos ao ambiente. Sobre uma viagem recente à região, ele comentou que não viu sinais do vazamento.
A pesquisadora da Universidade de Georgia Samanta Joye, entretanto, diz: "O óleo não se foi. A questão é que não podemos vê-lo."

A BP já recebeu autorização para reiniciar as perfurações em águas profundas no golfo do México.


Uma sopa de lixo de plástico que flutua no Oceano Pacífico está crescendo numa taxa alarmante e agora cobre uma área de duas vezes o tamanho dos Estados Unidos, dizem os cientistas.
A grande expansão dos pedaços de plástico – de fato a maior quantidade de lixo no mundo jogada fora – está sendo concentrada em uma determinada área pelo movimento circular das correntes marítimas. Esta sopa em movimento expande-se por cerca de 500 milhas náuticas a partir da costa da Califórnia, cruza o norte do Pacífico, passa o Havaí e chega quase ao Japão.
Charles Moore, um oceanógrafo americano que descobriu a "Grande área de lixo do Pacífico" ou o "vórtice de lixo", acredita que cerca de 100 milhões de toneladas de dejetos estão circulando na região. Marcus Eriksen, um diretor de pesquisa da fundação de pesquisa americana Algalita Marine, fundada por ele, disse ontem: "A idéia que as pessoas tem sobre isso é que há uma ilha de lixo de plástico sob a qual se pode andar em cima. Não é assim. É mais como uma sopa de plástico."
Curtis Ebbesmeyer, um oceanógrafo e um técnico que controla os dejetos de plástico em praias, vem acompanhando o aumento do lixo de plástico nos oceanos nos últimos 15 anos e compara o vórtice de lixo a uma entidade viva: "Ele se move em círculos como um grande animal sem controle" Quando esse animal se aproxima da terra, e isso acontece no arquipélago havaiano, o resultado é dramático. "A área de lixo de derrama sobre a praia, e você tem uma praia coberta com esse confete de plástico."
Historicamente o lixo que chegava aos oceanos era biodegradável. Mas os plásticos modernos são tão duráveis que objetos com mais de 50 anos podem ser encontrados na área do norte do Pacífico. O Sr. Moore disse que porque o mar de lixo é translúcido e está numa superfície de água, ele não pode ser detectado em fotografias de satélite. "Você só o vê da proa dos navios".

De acordo com o Programa de Meio Ambiente das Nações Unidas, os refugos de plástico causam a morte de mais de um milhão de pássaros marinhos todos os dias, e também de mais de 100 mil mamíferos marinhos. Seringas, filtros de cigarro e escovas de dente tem sido encontradas no estômago de aves mortas, que as confundem com comida.

Precisamos parar de jogar lixo nas ruas, rios e mares. Pensem nisso!

The plastic soup

Broken By : Rogério Nogueira

"Mas os machos possuem níveis mais altos de contaminantes no sangue do que as tartarugas jovens e isso fez crescer nossa preocupação".

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